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Cadastro Positivo: empresas e governo acenam com juro menor
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O Senado brasileiro aprovou em dezembro do ano passado Medida Provisória (MP) que determina a criação do Cadastro Positivo, banco de dados com nomes de consumidores que pagam em dia contas como água, luz e telefone. Pela menor chance de darem calote, essas pessoas podem ser beneficiadas com redução de juros no momento de tomar empréstimo pessoal em bancos e instituições financeiras.

A medida surgiu como um projeto de lei em 2004. Foi aprovada pelo Congresso em dezembro de 2010, mas não foi sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que propôs uma nova MP no lugar. Essa MP recebeu ao todo 72 emendas e agora deve ser votada pela Câmara.

Segundo o coordenador de crédito e prevenção da companhia aérea Gol, Luiz Augusto de Queiroz Matos, a medida, se aprovada pelo Congresso Nacional, tornará disponíveis informações que permitirão conhecer melhor o cliente e seus hábitos de consumo, o que para ele é fundamental em um cenário de desaceleração da concessão de crédito no País.

De acordo com dados do Banco Central, o mercado de crédito deve crescer 15% neste ano, ante 20% em 2010. Colaboraram para essa redução as medidas macroprudenciais tomadas pela autoridade monetária para conter a inflação, como aumento do depósito compulsório dos bancos e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), e a previsão de menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 e 2012, de respectivamente 4,2% e 4,4%.

"Como não dá para o mercado de crédito crescer tanto, a única forma de garantir rentabilidade é controlar a inadimplência", disse Breno Costa, sócio-consultor da consultoria WitRisk em painel sobre os números do crédito no Brasil promovido pela empresa, em São Paulo. A previsão do Banco Central (BC) é de que a falta de pagamento passe para 6,8% do total das operações de crédito em 2011 e 7,1% em 2012, após ter registrado em 2010 a marca de 6,5%.

No entanto, segundo José Linhares,