Teste de qualquer coisa
Renato Ortiz
Explora a relação religião/globalização
Tradicionalmente: distinção entre religiões universiais e particulares - universal associa-se com a ideia de mobilidade, quanto o particular tenderia ao enraizamento - Weber: crenças mágicas = particulares
- mundialização da cultura: muda noções de internacional, nacional e local
- autor acredita que religiões particulares mudam com a globalização - voodoos e candombles encontrados em NY, paris e Buenos aires
- Mas o texto foca nas religiões universais (judaismo, cristianismo, budismo, islamismo)
- weber = religiões são racionalização
Desencantamento do mundo, secularização das institui- ções e das relações sociais, separação entre a Igre- ja e o Estado, emergência da ciência e da técnica enquanto saberes secularizados, enfim, perda da centralidade da religião como elemento de orga- nização da sociedade como um todo.
Não há dúvida de que uma leitura evo- lucionista do progresso levou inúmeros pensado- res a imaginar a religião como um anacronismo. Diante do avanço da ciência, da técnica e da se- cularização, ela teria os seus dias contados. É bem verdade que o século XIX produziu também al- guns sincretismos entre a religião e o progresso, procurando mesclar pólos aparentemente tão díspares, penso em Auguste Comte e seu culto da Humanidade, e nos “fazedores de deuses”, como dizia Lênin, de Lunacharski e Gorki durante a re-volução bolchevique.1
No entanto, é suficiente estarmos atentos para compreender que o advento da sociedade industrial não implica o desaparecimento da reli- gião, mas o declínio de sua centralidade enquan- to forma e instrumento hegemônicos de organiza- ção social. Ou seja, o processo de secularização confina a esfera de sua atuação a limites mais res- tritos, mas não a apaga enquanto fenômeno social.
Basta lembrar que Dur- kheim, quando discutia a supremacia da ciência sobre a religião, dizia que essa última de fato, do