teste ciencias naturais
Ano Letivo: 2011/2012 Teste de Ciências Naturais
Nome-…………………………………………………………………….. Aº e Tª-…………… Nº-……… Prof.-…………….. Classificação-…………….%(………………………………………………………………………)
PARTE A
Lê o texto e observa a figura. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.
A GARÇA QUE FOGE AO DESERTO
As colónias de garças-vermelhas estão a desaparecer do estuário do Sado, local de nidificação1 tradicional, fugindo mais para norte, para os vales do Vouga e do Mondego. O desaparecimento de canais e valas a sul é a razão.
ROBERTO DORES
A garça-vermelha podia funcionar como um medidor biológico do avanço do deserto em
Portugal. Conforme as zonas húmidas a sul vão perdendo os recursos hídricos, a espécie vai-se chegando para norte. Hoje, os cerca de
400 casais que, a partir de Março, procuram o nosso país para se reproduzir já dão preferência aos vales do Vouga e do Mondego, embora, entre os estuários do Sado e do Tejo ou na barragem de Alqueva, também ocorram algumas colónias. Em Setembro, as garças-vermelhas juvenis já estão de regresso a África. Eis uma espécie que só conhece Portugal pela perspectiva do acasalamento e que tem aumentado no nosso país, comparando, por exemplo, os números actuais com as estimativas de 2001, que apontavam para cerca de 250 a 300 casais. Mas, olhando para as ocorrências a sul do Tejo, até parece que a garça-vermelha começa a desistir de parar por cá. Nas margens do rio Tejo, que chegaram a dar guarida2 à maior comunidade de garças-vermelhas em Portugal, com cerca de 300 casais em 1999, a explicação para o desaparecimento abrupto da espécie também passa pela perda de habitat, que é atribuída à grande perturbação