Tese
No passado, os provedores de serviços de telecomunicações projetavam, implementavam e operavam suas próprias redes físicas. Essas redes eram desenhadas dentro de altos padrões técnicos. No Brasil, eram conhecidas como as normas TELEBRAS. Os provedores desenhavam suas redes para atender a cinco características: disponibilidade, flexibilidade, escalabilidade e fatores importantes para os fornecedores como bilhetagem e contabilidade. Em contraste, as redes das empresas tendiam a serem mais baratas, utilização de produtos menos escaláveis e com menos confiabilidade. Era comum as empresas adquirem seus próprios equipamentos de roteamento e switching e contratar as facilidades de transporte de dados dos provedores de telecomunicações. Porém cada vez mais as diferenças entre as redes dos provedores e das empresas estão ficando menos proeminentes. Uma das maiores características encontradas nas redes é a tendência comunização de plataformas. Ambos os ambientes estão migrando para o uso da tecnologia IP, embora existam muitos outros fatores convergentes. Atualmente são poucos os provedores de telecomunicações que operam em plataformas totalmente de sua propriedade. E ao longo dos últimos anos, as empresas têm depositado mais confiança nas redes dos provedores, vide o exemplo do Banco Bradesco, Itaú e Unibanco que transferiram suas redes proprietárias para provedores especializados. Um outro fato importante é o aumento da confiabilidade na interface entre os provedores, viabilizando uma mudança de abordagem de operação, antes verticalizada passando para horizontalizada. Em outras palavras, os provedores estão fazendo outsourcing das redes de comunicação. Por exemplo, surgiram no Brasil vários provedores de fibras óticas que alugam sua infraestrutura para provedores de serviços, tais como a MetroRed, Pegasus, Impsat e outras. Nos acordos são estabelecidos