Terpsicore-Machado de Assis

1334 palavras 6 páginas
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TERPSÍCORE ­ MACHADO DE ASSIS O conto de Machado Assis foi originalmente publicado em Gazeta de Notícias em 25 de março de 1886 e adicionado a suas coletêneas tardiamente. Porfírio e Glória é um jovem casal, recém­casados que moram no centro de Rio de Janeiro em meados do século 19. O casal passa por dificuldades financeiras e sem esperanças após ser rejeitados ao pedido de um empréstimo ao padrinho de Glória. O conto conta a reviravolta do casal quando Porfírio, o marido, cansado de tantas dívidas arrisca a sorte em um jogo de loteria e ganha o prêmio de uma quantia que poderá quitar todas as suas dívidas. O título “Tepsícore”, deusa da dança, remete a uma das nove musas da mitologia grega, filhas de
Zeus e Mnemóside. É a dança que envolve o casal ao longo do conto, e é como um marco do ciclo vicioso, de alttos e baixos financeiro do casal. O conto começa com a preocupação do casal, principalmente de Porfírio com as dívidas, e Glória tentando animá­lo e pedindo que tenha mais fé, e que Deus arranjaria as coisas.
Porfírio, observando sua esposa, que tenta animá­lo carinhosamente, começa a recordar a primeira vez que a viu, dançando graciosamente e decidiu que teria como esposa.
É a partir deste momento que começa a revelação sobre a causa da imensa dívida, e que o motivo é devido à mania de grandeza e ostentação, de Porfírio, de uma riqueza de que não possuí,
Já percebemos essa face vaidosa de Porfírio, quando menciona sobre Glória, confessando o desejo de ter para si, a quele corpo, que mais tarde define como
“Corpo que não há de haver muitos no mundo”
, como se fosse um troféu. Glória tinha as feições regulares e comuns; mas o riso dava­lhe alguma graça. Nem foi pela cara que ele se enamorou dela; foi pelo corpo, quando a viu polcar, uma noite, na rua da Imperatriz. (p. 336)

As características de Porfírio, é confirmada na fala de outros personagens, como sua esposa
Glória, que afirma que “ Seda não era para eles”, ao

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