Termômetro de Insolvência de Kanitz
Professor Stephen Charles Kanitz, do Departamento de Contabilidade da FEA/USP, elaborou um modelo de previsão de falência, também conhecido como fator de insolvência. A sua utilização tem sido, via de regra, relativa a empresas isoladas. Procura-se analisar se determinada empresa tem possibilidade ou não de falir, principalmente a curto prazo. Em seu estudo, Stephen Charles Kanitz analisou aproximadamente 5.000 demonstrações contábeis de empresas brasileiras. Após o estudo, ele escolheu aleatoriamente 21 empresas, que haviam falido entre 1972 e 1974, e analisou os balanços referentes aos dois anos anteriores a falência. Utilizou, como grupo de controle, também de forma aleatória, 21 demonstrações contábeis, referentes aos mesmos anos, de empresas que não faliram.
Após analisar e estudar estas empresas, ele criou o termômetro de insolvência, com a utilização da seguinte fórmula:
Y = (0,05*RP + 1,65*LG + 3,55*LS) – (1,06*LC + 0,33*GE) onde: 0,05; 1,65; 3,55; 1,06 e 0,33 são os pesos que devem multiplicar os índices. E os índices são os seguintes:
RP – Rentabilidade do Patrimônio;
LG – Liquidez Geral;
LS – Liquidez Seca;
LC – Liquidez Corrente;
GE – Grau de Endividamento.
Nos índices foram usadas as seguintes relações:
Rentabilidade do Patrimônio é igual ao Lucro Líquido dividido pelo Patrimônio Líquido, ou seja;
RP = LL / PL
Liquidez Geral é igual ao somatório do Ativo Circulante e do Ativo Realizável a Longo Prazo dividido pelo somatório do Passivo Circulante e do Passivo Exigível a Longo Prazo, ou seja;
LG = (AC + ARAP) / (PC + PELP)
Liquidez Seca é igual ao valor do Ativo Circulante menos o valor dos Estoques dividido pelo Passivo Circulante, ou seja;
LS = (AC – ESTOQUES) / PC
Liquidez Corrente é igual ao valor do Ativo Circulante dividido pelo valor do Passivo Circulante, ou seja;
LC = AC / PC
Grau de Endividamento é igual ao somatório do Passivo Circulante e do Passivo Exigível a Longo Prazo dividido