Termogênese
A medicina nuclear é uma especialidade médica que utiliza compostos (ou moléculas) marcados com radionuclídeos, os radiofármacos, para fins de diagnóstico e terapia. Inicialmente, havia poucos radionuclídeos adequados para as aplicações médicas. Ao longo dos anos, várias técnicas foram sendo estudadas, até que, nos anos 90, na Universidade de Pittsburg, foi desenvolvido o sistema combinado PET / CT, permitindo, assim, a extração máxima dos benefícios que essas modalidades podem oferecer, em conjunto, aos médicos e seus pacientes. A Tomografia por Emissão de Positrões (PET) é uma técnica de imagem não invasiva, capaz de detectar alterações do metabolismo celular, utilizando marcadores específicos, um dos quais é 18-fluorodeoxyglucose (FDG). O uso de um marcador de atividade biológica confere a este exame grande sensibilidade, sendo susceptível de diagnosticar alterações ainda não identificáveis por outros meios imagiológicos. Nos últimos anos, tem-se assistido a uma crescimento explosivo da sua aplicação em múltiplos campos da Medicina e, de modo especial, nas doenças oncológicas, como método de diagnóstico e estadiamento, de avaliação da resposta ao tratamento e na suspeita de recidiva tumoral. Trata-se, contudo, de um exame com custos elevados, ainda pouco disponível fora dos grandes centros populacionais e, como acontece com outros métodos, com algumas limitações. É um método de diagnóstico por imagem complementar a outros (ressonância magnética — RM, tomografia axial computadorizada — TAC, etc.) e não competitivo com eles.
UM POUCO DE HISTÓRIA Pode-se dizer que a história da medicina nuclear começou com as descobertas da radioatividade natural por Henri Becquerel, em 1896, e de elementos radioativos naturais por Marie e Pierre Curie, em 1898 (descobertas pelas quais os três cientistas receberam o Prêmio Nobel de Física de 1903). Entretanto, foi o “princípio do traçador”, proposto pelo químico húngaro George de