Terceira Idade e a Solidão
Em países em desenvolvimento o número de idosos vem crescendo cada vez mais, consequência da melhora na qualidade de vida, porém este fenômeno vem acompanhado da desigualdade social, do egoísmo e do individualismo, fazendo com que nossos idosos que tanto lutaram no passado vivam o resto de suas vidas em um mundo privado de seus sonhos, afastados de seus familiares, amigos, das relações em que viveu toda sua vida, condenado a viver em solidão e desprezo.
A falta de apoio familiar obrigam os idosos a buscarem os locais de acolhimento. Doenças, questões financeiras, são muitas vezes o motivo do abandono. Para muitos familiares, recorrer a estas organizações é a maneira mais prática de fazer com que os outros façam uma obrigação que independentemente da situação, deveriam ser feitas por elas mesmas. Nestes locais de acolhimento, por melhor que eles sejam o idoso terá suas relações afetivas alteradas, passará a ter convívio com pessoas que nunca teve qualquer ligação, estará sujeito a regras e limitações e rotinas que antes não existiam.
Nossas leis, como o estatuto do idoso, só existem no papel, vemos constantemente casos de agressões contra idosos que acabam caindo no esquecimento e na impunidade, e o mais triste, é que grande parte dos casos de agressões partem da própria família. Fatos como estes obrigam o idoso, mesmo contra sua vontade a buscar meios de sair de suas casas e procurarem estas organizações.
A evolução da sociedade e as constantes mudanças culturais têm de certa forma excluído os idosos que, no passado eram tratados com respeito e honra, eram valorizados por seus familiares que reconheciam o fundamental papel que o mesmo exerceu durante toda sua vida, hoje muitas vezes o idoso é esquecido em meio a sociedade que foi incapaz de buscar meios para garantir a qualidade de vida digna para sua velha população.
A família precisa se preparar para lidar com o envelhecimento de seus entes, para poder garantir o conforto