Terceira Guerra Mundial
"A revolução contemporânea é a da incerteza"
A revolução da incerteza é produto do capitalismo em sua fase "flexível". Neste contexto a "economia da permanência" cede lugar a chamada "economia da transitoriedade": tudo passa; a obsolescência é planejada; os pontos de referência desaparecem; os fluxos (de pessoas, imagens, informações, equipamentos...) são intensificados. O declínio das metanarrativas, impede a afirmação de qualquer grande verdade. Isto faz da pós-modernidade o lugar, por excelência, do efêmero, do fugaz, portanto, da incerteza.
Os adeptos da continuidade dirão que a incerteza é resultado de bruscas mudanças na modernidade, e portanto, nenhuma novidade atualmente. É certo que Marx já dizia: "tudo o que é sólido, desmancha no ar"; a tradição começa seu processo de desmantelamento. Juntamente com Marx, Nietzsche reconhece que as coisas na modernidade estão impregnadas de seu contrário, mudam rapidamente e já nada parece seguro. Porém a incerteza pós-moderna apresenta uma intensidade sui generis; nada chega a ser sólido e já desmancha no ar; ela chegou à "excrescência"
Incerteza que marca o mundo do trabalho e da produção, advinda das profundas mudanças nos processos e nos mercados de trabalho, nos produtos e padrões de consumo. Acaba a certeza do trabalho em tempo integral. A dispersão geográfica da produção torna desconhecida a origem do produto, e na maioria das vezes o indivíduo fica perdido em meio a infinidade de ofertas apresentadas pela sociedade de consumo.
Na esfera do político, a corrupção, a defesa dos privilégios e os discursos vazios, estão colocando em xeque a política tradicional; em seu lugar, as micropolíticas começam a romper o paternalismo, o extremismo ideológico, e suas amargas conseqüências; lutam contra a pobreza política buscando uma efetiva participação dos indivíduos. Porém a fragmentação entre elas tem sido bastante denunciada, ficando a seguinte problemática: existem