Terapia ocupacional
Berta e Karel Bobath criaram o modelo de Neurodesenvolvimento (TND) como parte do seu trabalho nos anos 1940- 50, com pacientes com Paralisia Cerebral e Acidentes Vasculares Cerebrais. A base para a elaboração deste modelo provém do desenvolvimento normal e na neurofisiologia.
Existem cinco preposições neste modelo:
1. Ensinar padrões normais de desenvolvimento não é o foco central mais apropriado do tratamento. O desenvolvimento normal é importante porque identifica as capacidades fundamentais subjacentes que tornam possíveis os padrões motores.
2. Não se pode impor movimento normal sobre um tónus muscular anormal (Bobath, 1978).
3. O dano nos centros superiores do cérebro produz um fenómeno de libertação (Adams, 1982). Os centros inferiores originam movimentos obrigatórios, estereotipados e em massa na forma de reflexos tónicos e fásicos hiperactivos e sinergias patológicas dos membros.
4. O movimento normal aprende-se experimentando a sensação de movimento normal (Adams, 1982). Os Bobath referem particularmente a sensação proprioceptiva e táctil.
5. O cérebro é muito capaz de se recuperar notavelmente.
Função -disfunção
O controlo axial do pescoço e tronco foi ignorado por outros modelos até que os Bobath estabeleceram a importância do ajuste postural que acompanha todos os movimentos dos membros.
As reacções automáticas, que incluem as de rectificação e equilíbrio, foram parte das avaliações realizadas antes da elaboração do Modelo de Neurodesenvolvimento, mas foram os Bobath que explicaram a sua importância no tratamento.
As reacções permitem-nos fazer movimentos sem ter medo de cair (Adams, 1982). Sem estas somente existe segurança mantendo uma postura rígida.
As estruturas proximais dos membros proporcionam a estabilidade essencial durante a parte inicial do movimento dos membros e aportam um número significativo de graus do arco de movimento quando os segmentos distais se movem em