Terapia de dança
EXPERIÊNCIA
Ana Carla Peto*
PETO, A.C. Terapia através da dança com laringectomizados: relato de experiência. Rev.latino-am.enfermagem.
Ribeirão Preto, v. 8, n. 6, p. 35-39, dezembro 2000.
O presente relato descreve o primeiro encontro do laringectomizado com a Dança no Grupo de Apoio a Pessoa -
Ostomizada – Laringectomizados. Este estudo tem o objetivo de fornecer subsídios sobre a importância terapêutica e educativa da dança. A técnica utilizada foi uma dinâmica de grupo em roda com participação de vinte pacientes. A música e os movimentos corporais foram os recursos empregados para desenvolvermos a Terapia Através da Dança. Os resultados evidenciaram bom envolvimento dos pacientes na dinâmica através das linguagens verbal e não verbal e diminuição do estresse.
UNITERMOS: terapia através da dança
INTRODUÇÃO
A dança existe desde a pré história. Como os homens desta época não tinham uma linguagem verbal definida, usavam a dança e artefatos para se relacionarem e conviverem em sociedade. Era freqüente o uso desta arte para acalmar um deus irado ou fazer um ritual
(ORDONES, 1990).
A dança é considerada, para todos os povos, em todos os tempos, um meio de comunicação e expressão.
Este se materializa através dos movimentos dos corpos, organizados em seqüências significativas e de experiências que transcendem o poder das palavras e da mímica. É um modo de existir, pois representa a magia, religião, trabalho, festa, amor e morte. Os homens dançaram e continuam dançando em todos os momentos solenes de sua existência (GARAUDY, 1980).
Embora seja de costume dizer que o brasileiro tem samba no pé, que aqui já se nasce dançando, que o
Brasil é um país que dança, através do carnaval, festa junina, trio elétrico, axé bahia, ainda há falta de conhecimento a respeito da Dança como instrumento de valor terapêutico e educativo. É de senso comum tentar encarar a dança como puro divertimento,