Teorização - Testagem Níveis Alfabéticos

Teorizando a testagem... Acreditamos que Stella, 6 anos, já se encontra no nível alfabético, pois apresenta a grafia completa das palavras, demonstrando que reconhece satisfatoriamente as letras, visto que forma cada palavra no sistema “letra por letra” e não através de sílabas, e que se utiliza da correspondência letra x som. Já existe, portanto, a associação entre sons e letras, tanto na escrita quanto na leitura das palavras solicitadas, que também não foi feita de forma silábica, parecendo haver, assim, certa “compreensão de como as letras se articulam para produzir a escrita e propiciar a leitura de palavras, frases e textos” (GROSSI, 1990, p. 8). A presença marcante da fonetização na testagem realizada, onde a menina fonetizou letra por letra para formar então cada uma das palavras requeridas, é um forte indício que, de acordo com Esther Pillar Grossi (1990, p. 31), caracteriza um sistema alfabético de escrita. Além disso, o teste com Stella apresenta os chamados erros construtivos que são observados no nível alfabético, e que Grossi (1990, p. 25) nos aponta: a presença de escrita fonética e não ortográfica em algumas palavras e a má separação das palavras, acabando por emendá-las umas nas outras. No primeiro caso, Stella escreveu a palavra PÃO foneticamente, isto é, “PANM”, já em relação à separação de palavras, não se observou essa dificuldade, a não ser pelas palavras “UM” e “PEDASO” que parecem estar unidas. Outra característica bastante comum no nível alfabético, segundo Grossi, é a escrita ortograficamente incorreta, pois mesmo estando nesse nível o aluno ainda não está alfabetizado, o que se torna possível através de trabalho intenso com a grafia e a leitura para que ele vá se apropriando da língua escrita de forma correta, tanto ortograficamente quanto lexicalmente. Stella, estando no nível alfabético como acreditamos, apresenta esses erros ortográficos: as palavras “DOSINHO”, “COMEO” e “PEDASO” são exemplos desta característica