Teorias sobre a estratificação
Os sociólogos falam em estratificação social para descrever as desigualdades que existem entre indivíduos e grupos nas sociedades humanas. Pensamos frequentemente em estratificação em termos de riqueza ou propriedade, mas ela também pode ocorrer com base noutros atributos como o género, a idade, a filiação religiosa ou a patente militar.
“Os indivíduos e grupos gozam de um acesso (desigual) às recompensas, de acordo com a sua posição no esquema de estratificação. Assim, a forma mais simples de definir a estratificação consiste em vê-la como um sistema de desigualdades estruturadas entre diferentes agrupamentos de pessoas. Pode ser útil pensar-se na estratificação como uma sobreposição geológica de camadas de pedra sobre a superfície da terra. As sociedades podem ser vistas como constituindo ‘estratos’ hierarquizados, com os mais favorecidos no topo e os menos privilegiados perto do fundo.” Anthony Giddens
Podemos distinguir-se quatro sistemas básicos de estratificação: a escravatura, as castas, os estados e as classes. Estes encontram-se algumas vezes em conjugação uns com os outros. A escravatura, por exemplo, coexistiu com as classes em Roma ou na Grécia Antiga, ou nos estados do sul dos EUA, antes da Guerra Civil Americana.»
A escravatura
“A escravatura é a prática social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobre outro - o escravo -, ao qual é imposta tal condição por meio da força.
Em algumas sociedades, os escravos eram legalmente definidos como uma mercadoria. Os preços variavam conforme as condições físicas, habilidades profissionais, a idade, etc. O dono ou comerciante pode comprar, vender, dar ou trocar por uma dívida, sem que o escravo possa exercer qualquer direito e objeção pessoal ou legal, mas isso não é regra. Não era em todas as sociedades que o escravo era visto como mercadoria: na Idade Antiga, os escravos de Esparta, os hilotas, não podiam ser vendidos, trocados ou comprados, isto