Teorias da Origem da Vida
Cientistas divergem entre si ao tentar explicar como surgiu a vida na Terra. Basicamente há dois eixos principais: a Abiogênese e a Biogênese. As idéias dentro do eixo da Abiogênese são bastante semelhantes, no entanto a Biogênese tem várias ramificações sendo que veremos apenas as mais importantes.
A Abiogênese ou teoria da criação espontânea foi a primeira justificativa criada para a origem da vida. Aristóteles foi um dos primeiros a explicá-la e afirmava o seguinte: a vida pode surgir de alguma matéria bruta de forma aleatória, esse é o princípio fundamental da criação espontânea. Mais profundamente essa teoria diz isto: há certos materiais que são possuidores de um “princípio ativo” ou “força vital”, ou seja, a possibilidade de criação da vida. Aristóteles assegurava isso com base na observação e dedução lógica. Por exemplo: um punhado de trapos velhos e sujos eram portadores da “força vital” por isso que depois de algum tempo originavam seres vivos de características semelhantemente sujas como ratos e insetos. Outro argumento era o fato de nascerem larvas a partir da carne podre ou de restos de animais mortos.
Francesco Redi foi o primeiro a contestar esta idéia, mas o fez somente em 1668 (Aristóteles viveu entre 384 e 322 a.C, ou seja, demorou-se cerca de 1900 anos para que alguém o contradissesse). Ele, sequencialmente fez experimentos com carne em estado de putrefação da seguinte forma: isolou-as em frascos, deixou alguns destes frascos abertos e outros cobertos com gaze. Assim, viu que somente os pedaços de carne que estavam em frascos descobertos geravam larvas, devido à presença de algumas moscas que haviam pousado ali anteriormente, enquanto que os frascos que estavam cobertos não originavam larvas. Desse modo, pode afirmar que os seres vivos eram provenientes de outros seres vivos, o que caracteriza a Biogênese.
A experiência de Francesco Redi ainda não era suficiente para provar que todo ser vivo tem