Teoria Tectônica das Placas
A crença de que os continentes não estiveram sempre nas suas posições atuais foi postulada pela primeira vez em 1596 por um fabricante holandês, chamado Abraham Ortelius. Ele sugeriuque as Américas "foram rasgadas e afastadas da Europa e África por terremotos e inundações”. Esta ideia foi retomada posteriormente por outros cientistas, como Cuvier, Lord Kelvin e Beumont, numa linha de pensamento conhecida como "contracionismo", que admitia uma possível movimentação lateral das massas continentais como conseqüência de uma contração da Terra.
Pelegrini, em 1859, retomou as observações de Ortelius, sendo o primeiro cientista a defender a fragmentação e deriva dos continentes vizinhos do Atlântico, baseando-se, também, em observações de que determinados tipos de fósseis eram encontrados nos dois continentes.
Em 1888 Eduard Suess apresentou uma teoria global propondo que os continentes atuais teriam origem em um enorme paleocontinente que teria se fragmentado e afastado uns dos outros. Esta teoria baseava-se no pressuposto que o esfriamento gradual e contínuo da Terra poderia ter originado movimentos regulares da crosta, os quais em determinados momentos da história geológica assumiriam um caráter mais violento em conseqüência da ocorrência de fenômenos catastróficos.
O início do declínio da perspectiva contracionista coincidiu com um período de controvérsia entre a geologia e a biologia. Os “biólogos”, fortemente influenciados pelo advento da Seleção Natural de Darwin, defendiam que uma ligação entre os continentes era fundamental para explicar a evolução das diversas formas de vida, surgindo a "teoria das pontes continentais”, apoiada na constatação inequívoca da existência de afinidades relativas a fósseis de animais e plantas entre África e América do Sul, a Europa e a América do Norte e Madagascar e a Índia. Os atuais continentes teriam estado ligados entre si por grandes massas terrestres, as chamadas pontes continentais, que