Teoria sobre a origem e evolucao da vida
Até ao século XIX considerava-se que todos os seres vivos existentes se apresentavam como sempre tinham sido. Toda a vida era obra de uma entidade poderosa, facto que servia para mascarar o facto de não existirem conhecimentos suficientes para se criar uma explicação racional.
Esta explicação, o Criacionismo, no entanto, já no tempo da Grécia antiga não era satisfatória. De modo a contornar a necessidade de intervenção divina na criação das espécies, surgem várias teorias alternativas, baseadas na observação de fenómenos naturais, tanto quanto os conhecimentos da época o permitiam.
Aristóteles elaborou uma dessas teorias, a aceitação manteve-se durante séculos, com a ajuda da igreja católica, que a adoptou. Esta teoria considerava que a vida era o resultado da acção de um principio activo sobre a matéria inanimada, a qual se tornava, então, animada. Deste modo, não haveria intervenção sobrenatural no surgimento dos organismos vivos, apenas um fenómeno natural, a geração espontânea.
Estas ideias perduraram até à era moderna, pois Van Helmont (1577-1644) considerava que os ”cheiros dos pântanos geravam rãs e que a roupa suja gerava ratos, adultos e completamente formados”.
Era considerado acertado pelos naturalistas que os intestinos produzissem espontaneamente vermes e que a carne putrefacta gerasse moscas. Todas estas teorias consideravam possível o surgimento de vida a partir de matéria inaminada, fosse qual fosse o agente catalisador dessa transformação, daí o estarem englobadas na designação geral de Abiogénese.
No século XVII Francisco Redi, naturalista e poeta, pôs em causa as ideias de Aristóteles negando a existência do princípio activo defendendo que todos os organismos vivos surgiam a partir de inseminação por ovos e nunca por geração espontânea.
Spallanzani interpretou os resultados com o facto de o ar conter ovos desses organismos, logo toda a vida proviria de outra, preexistente.
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