Teoria literária
Conta-se que as personagens que foram mortas pelo cangaceiro, serão julgadas para saber se vão para o céu ou para o inferno.
O personagem João Grilo questiona o Diabo sobre a decisão de enviá-lo para o fog eterno e resolve recorrer à Jesus Cristo e à Nossa Senhora, dizendo que seus pecados não foram tão graves assim, pois tudo o que ele tramou entre os personagens; mentiras, traições, desavenças e ciladas, na hora do acerto de contas, fez com que os personagens perdoassem uns aos outros por seus erros.
Nossa Senhora pede à Jesus Cristo , que não os condene, pois é preciso levar em conta a pobre e triste condição do Homem, que age assim por medo de muitas coisas e terminam por fazer o que não presta da solidão, e acima de tudo, do medo da morte.
Aí o Diabo diz que meod da morte todo mundo tem e nem por isso se tornam virtuosas a ponto de serem livres de seus pecados.
Nossa Senhora diz que é na hora da morte que eles encontram o que procuraram a vida toda.
Na hora que o personagem Jesus questiona João Grilo sobre o que ele tem a dizer em sua defesa, ele diz que não tem nada a dizer, pois com ele tudo era na base da mentira e por isso achava justo ser enviado pro inferno. Mas a Santa contexta sua decisão, dizendo que ele era pobre como Eles, sendo obrigado a viver numa terra seca e pobre, sofreu desde que era um menino, passou quase sem sentir pela infância, acostumou-se à pouco pão e muito suor na seca, comia macambira e bebia o sumo do xique-xique (cactus típicos do sertão), passava fome e quando não aguentava mais tudo isso, rezava, e quando a reza não adiantava, se juntava à um grupo de retirantes, que ia tentar sobreviver no litoral, humilhado, derrotado, cheio de saudades da sua terra e família. E logo que tinha notícia da chuva, voltava para sua terra natal. Animava-se de novo, como se a esperança fosse uma planta que crescia com a chuva e quando revia sua terra, dava graças à Deus por ser