Teoria geral dos sistemas na teoria das organizações
Fernando C. Preste. Motta·
1. Introdução. 2. Origens. 3. As Grandes Figuras. 4. Idéias Centrais. 5. A Teoria Geral dos Sistemas e a Organlzaç/jo. 6. Criticas.
Estamos presenciando um movimento sul generis no desenvolvimento científico. Parece que, repentinamente, todos os ramos do conhecimento, tornados estranhos uns aos outros pela especialização extremada, começaram a ressentir-se do isolamento em que se encontravam, passando a buscar mais e mais suas bases comuns. Talvez pela necessidade crescente de estudos interdisciplinares, capazes de analisar a realidade de ângulos diversos e complementares, talvez pela comunicação muito mais rápida e fácil entre especialistas em campos diferentes, começou-se a tomar consciência de que uma série de principios desenvolvidos nos diversos ramos do conhecimento científico não passavam de mera duplicação de esforços, pois outras ciências já os haviam desenvolvido. Isto não quer dizer, porém, que só haja uma ciência, ou que a frsica, a química e a psicologia tratem dos mesmos objetos. Seria tolice imaginar que todos os, principios e conclusões de uma aplicar-se-iam às demais. O que se foi percebendo é que muitos dêsses princípios e conclusões valiam para várias ciências, na medida em que tOdas tratavam com objetos que podiam ser entendidos como sistemas, fOssem êlesfrsicos, qutrntccs, psiquicos etc.
Professor-assistente do Departamento de Administração Gerai e Reiações Industriais da Escola de Administração de Emprêsas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas. R. Adm. Emp., Rio de Janeiro. •
2. Origens Com base nessa constatação, alguns cientistas orientaram suas preocupações para o desenvolvimento de uma teoria geral dos sistemas, que desse conta das semelhanças, sem prejuízo das diferenças. Nesse particular, salienta-se a obra do biólogo alemão Ludwig von Bertalanffy que concebeu o modêlo do sistema aberto, entendido como compiexo de elementos em interação e em