Teoria econômica e regiões subdesenvolvidas - Myrdal - Resenha
Nesses dois capítulos, Myrdal trata basicamente da importância da política nacional de desenvolvimento econômico para os países subdesenvolvidos. Para ele esta é a mudança mais importante a ser realizada nas políticas estatais para que se atinja o desenvolvimento e portanto, cabe ao estado a responsabilidade não só de inicial o plano mais também de controlá-lo – “romper as resistências que constituem a marca do subdesenvolvimento e dotar de maior flexibilidade toda a estrutura social e conômica.” O autor define o plano nacional como: “esquema do processo acumulativo de desenvolvimento econômico de um país, a previsão de evoluir desse processo, quando deflagrado, mantido e controlado por certas mudanças exógenas, induzidas no sistema social, mediante interferências estatais deliberadas.” O principal objetivo do plano estatal seria o de “proclamar a decisão de aumentar o montante das inversões destinadas a elevar a capacidade produtiva do país e definir os meios pelos quais essa decisão posso ser realizada”. Cabe também ao plano não só gerar as condições dinamizadores entre as regiões, mas também entre os grupos profissionais (classes). Nesse sentido Myrdal destaca a existência das instituições obsoletas e da defesa dos interesses pessoais – liquidar esses grupos e criar uma situação ideológica, social e política é fundamental para o desenvolvimento. Para ele, reformas agrária, da saúde e educacional caminham nesse sentido. Para o autor outra fonte importante do desenvolvimento é maior captação de impostos (e sua conseqüente inversa em investimento). A solução para o aumento da arrecadação é a austeridade fiscal, com aumento compulsório da parte da renda nacional retirada do consumo. Ele diz que isso é difícil, pois além da pobreza da população ser muito maior, a democracia com o direito de votar estendido a