Teoria do conhecimento
O debate sobre a (im)possibilidade do conhecimento
Existem pelo menos duas atitudes ou posições com relação á possibilidade do conhecimento: o cepticismo e o dogmatismo; opostas quanto ao problema da possibilidade do conhecimento.
As questões fundamentais que aqui se colocam são:
Pode o sujeito apreender o objecto? Pode atingir a verdade, a essência das coisas, ou está condenado ás suas múltiplas aparências? Eis algumas respostas filosóficas que foram dadas por várias correntes de pensamento.
Dogmatismo
O dogmatismo é uma doutrina ou corrente filosófica que admite a possibilidade da mente humana conhecer com plena certeza as coisas; é uma resposta positiva á questão da possibilidade ou não de o homem conhecer as coisas; é a atitude de todo aquele que crê que o homem tem meios para atingir a verdade absoluta.
Para o dogmático, existem critérios que permitem ao homem distinguir o verdadeiro do falso, o certo do duvidoso. Por isso, a percepção de qualquer objecto leva o dogmático a crer, com toda a naturalidade, na existência do mesmo, não admitindo a possibilidade de que o conhecimento de tal objecto possa ser posto em causa.
A palavra ‘dogmatismo’ provém de uma outra ‘dogma’ que é uma verdade indiscutível, muitas vezes defendida pelas religiões. Por exemplo, é um dogma “uma verdade que não se pode discutir” entre os cristãos católicos que Maria deu á luz o menino Jesus, porem permaneceu virgem.
De certa forma, podemos considerar o dogmatismo como a atitude habitual do homem comum.
Pois o que é notório entre os homens, face á problemática do conhecimento, é facto de não nos questionarmos sobre o valor do conhecimento e, ainda, não pormos em causa a nossa capacidade para estabelecer a verdade em determinadas áreas, não procuramos indagar da possibilidade da relação cognitiva sujeito-objecto, assim como dos fundamentos dessa relação cognitiva.
Esta atitude é própria do senso comum, visto que este