Teoria do conhecimento

502 palavras 3 páginas
Diante da pergunta “Qual é o verdadeiro valor dos nossos conhecimentos e o que é conhecimento?”, Kant coloca a razão em um tribunal para julgar o que pode ser conhecido legitimamente e que tipo de conhecimento não tem fundamento. Kant despertou do “sono dogmático” depois da leitura da obra de Hume, em que estavam mergulhados os filósofos que não se questionavam se as ideias da razão correspondem mesmo à realidade. Sendo assim, condenou os empiristas que diziam que tudo o que conhecemos vem dos sentidos, e não concordava com os racionalistas, que diziam que tudo quanto pensamos vem de nós mesmos. Para superar a contradição entre racionalistas e empiristas, Kant explica que o conhecimento é constituído de algo que recebemos de fora, da experiência (a posteriori) e algo que já existe em nós mesmo (a priori) e, portanto, anterior a qualquer experiência.
• O que vem de fora é a matéria do conhecimento: nisso Kant concordava com os empiristas.
• O que vem de nós é a forma do conhecimento: com os racionalistas, admite que a razão não é uma “folha em branco”. Portanto, o que diferencia Kant dos filósofos que o antecedem, é o fato de que a matéria e forma atuam ao mesmo tempo. Para reconhecer as coisas, precisamos da experiência sensível (matéria); mas essa experiência não será nada se não for organizada por formas da sensibilidade e do entendimento, que, por sua vez, são a priori e condição da própria experiência. A sensibilidade é onde obtemos as representações exteriores. O entendimento é o pensar ou produzir conceitos. Sendo assim, Kant identifica formas a priori:
• As formas a priori da sensibilidade ou intuições são o espaço e o tempo. Ou seja, o espaço e o tempo não existem como realidade externa, são antes formas a priori que o sujeito precisa para organizar as coisas.
• As formas a priori do entendimento são as categorias. Kant identifica 12 categorias, entre as quais destacam-se: a substância, a causalidade e a existência. Essas categorias não vêm da

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