Teoria das Vantagens Comparativas
O conteúdo deste trabalho explicará a Teoria das Vantagens Comparativas sob dois pontos de vista: a visão dos clássicos, ou seja, O Modelo Ricardiano, que diz que a mão-de-obra é o único fator de produção, baseando o comércio internacional na produtividade do trabalho, e sob o ponto de vista dos neoclássicos – O Modelo de Heckscher-Ohlin – que contrapõe a teoria de Ricardo, afirmando que as trocas internacionais realizam-se através da diferença dos fatores de produção, sendo que para produzir um determinado bem utilizá-se mais de um fator de produção.
Verificar-se-á também a Teoria das Vantagens Competitivas, resultante do processo de globalização que o mundo vive e das constantes transformações que ocorrem no mercado mundial.
1 - TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS
1.1 - MODELO CLÁSSICO – DAVID RICARDO
Os países participam do comércio internacional porque são diferentes uns dos outros e para obter economias de escalas na produção.
A Teoria das Vantagens Comparativas foi formulada por David Ricardo no século XIX, e segundo ela cada país deve se especializar naquela atividade em que é mais produtivo e deve importar os outros bens de outros países. Essa especialização fará com que cada país aproveite ao máximo sua capacidade de produção, resultando um crescimento generalizado para todos.
Apesar dessa teoria prevê um maior crescimento econômico, ela não demonstra com quem ficará a riqueza gerada com esse crescimento. A concentração de riqueza nos países mais ricos é explicada porque eles se especializam na produção de bens de alto valor agregado, bens que exigem maior investimento, mas que são mais rentáveis, como a produção de manufaturados complexos, eletrônicos e bens de capital. Já os países pobres se especializam na produção de bens com baixo valor agregado, como a produção agropecuária e têxtil. Para Ricardo, o comércio entre os países dependeria das dotações relativas dos fatores de produção, onde o trabalho é o único fator de