teoria das cordas
Durante o século passado, inúmeras represas foram construídas visando satisfazer a crescente demanda por água. Considerada como símbolo de modernização e da habilidade humana em controlar e utilizar recursos da natureza, a construção de grandes represas cresceu consideravelmente entre as décadas de 30 e 70 (CMR, 2000). Essa tendência foi mantida até seu apogeu na década de 70. Desde então têm diminuído o número de construções, em particular nos Estados Unidos e Europa. Os cinco países com o maior número de represas somam cerca de três quartas partes de todas as grandes represas do mundo e praticamente dois terços encontram-se nos países em desenvolvimento, como no Brasil (CMR, op cit.).
Represa de Boa Esperança, Guadalupe/PI, zona da barragem.
São normalmente usos prioritários para o reservatório a geração de energia elétrica, acumulação de água para abastecimento público e projetos de irrigação. As represas de armazenamento têm como finalidade alterar a distribuição e a periodicidade natural da vazão dos rios. A energia hidroelétrica representa mais de 90% da energia utilizada em países em desenvolvimento (CMR, 2000). Cerca de metade das represas construídas tem a finalidade de acumular água para projetos de irrigação e acredita-se que estas contribuam com 12 a 16% da produção mundial de alimentos. Além disso, ao menos 75 países têm construído grandes represas para controlar inundações. É recomendável que além dessas finalidades o reservatório apresente outros usos como natação, pesca esportiva, esportes náuticos e fins paisagísticos.
Em 1990, do total de 343 aproveitamentos hidráulicos cadastrados pelo CBGB (1990, apud Müller, 1995) no Brasil, 124 destinava-se à geração hidrelétrica, 4 à navegação, 72 ao abastecimento de água, 37 à irrigação, 3 à piscicultura, 76 à regularização da vazão, 12 ao controle de cheias e mais 15 barragens destinadas a usos diversos, como a proteção