Teoria da Contingência e tomada de decisão no setor agrícola
Teoria da Contingência e tomada de decisão no setor agrícola
Os estudos organizacionais são abordagens que procuram relatar as mudanças e conhecimentos das organizações, além de estimular o debate sobre os diferentes campos desta temática (CLEGG e HARDY, 1999). Tem sua origem histórica no século XIX, com pensadores como Saint-Simon, que define organização como forma de poder (REED, 1999). Muitos estudos têm sido desenvolvidos sobre as organizações, porém a agricultura não tem sido mencionada. A tomada de decisão ganha relevância nesta conjuntura, bem como no inter-relacionamento entre ela e a teoria da contingência, a qual estuda a estrutura e os aspectos contingenciais e assim o ambiente das organizações. A agricultura é a base para entender as civilizações iniciais, pois na pré-história nossos antepassados iniciaram a domesticação e cultivo das primeiras espécies vegetais. A discussão da tomada decisão permeia as incertezas pela qual as organizações atuam, principalmente no setor agrícola pois este segmento está mais sujeito as peculiaridades do processo decisório. Assim, ganha maior espaço no debate a teoria da contingência como um estudo sobre as incertezas e eventualidades na organização e em especial no ambiente em que está inserida. Deste modo, o produtor rural necessita de conhecimento e agilidade na busca de competitividade e até mesmo sobrevivência. Na produção agrícola, a complexidade dos processos é acentuada em função das particularidades de cada atividade, então o agricultor necessita ter capacidade adaptativa para enfrentar os altos níveis de incerteza e risco oferecidos pelo ambiente. Kautsky (1972), observou que a complexidade nos sistemas agrários tinha origem na química e fisiologia do solo, e nas tecnologias empregadas, o que acabava por diferenciar