teoria da contabilidade
RECEITAS, DESPESAS, PERDAS e GANHOS
9.2 NATUREZA E DEFINIÇÕES DE RECEITA
Algumas definições usualmente encontradas de receita referem-se a seu efeito sobre o patrimônio ou ativo líquido, e outras fazem referências expressas à entrega de bens e serviços ao cliente.
Definimos em outro trabalho (Equipe de Professores da USP,1979) “Entende-se por receita a entrada de elementos para o ativo, sob forma de dinheiro ou direitos a receber, correspondentes, normalmente, à venda de mercadorias, de produtos ou à prestação de serviços. Uma receita também pode derivar de juros sobre depósitos bancários ou títulos e de outros ganhos eventuais”.
O Comitê de Conceitos Contábeis e Standards da AAA, em 1957, assim definia receita: “É a expressão monetária do agregado de produtos ou serviços transferidos por uma entidade para seus clientes durante um período de tempo.” A qualidade dessa definição reside em sua concisão.
Outra definição é de Sprouse e Moonitz, 1962, “Receita de uma empresa durante um período de tempo representa uma mensuração do valor de troca dos produtos de uma empresa durante aquele período.”
Esta definição é uma das melhores, pois caracteriza o que é essencialmente a receita e dá margem a uma ampla gama de formas pelas quais pode ser reconhecida.
Uma questão controvertida é o que incluir na definição de receita.
9.3 ALGUMAS BASES PARA A MENSURAÇÃO DA RECEITA
Uma boa mensuração da receita exige que se determine o valor de troca do produto ou serviço prestado pela empresa. Deveríamos deduzir uma provisão pelo período de espera, se existir.
Os autores de Teoria da Contabilidade focalizam bem o fato de que, em um mundo de certeza, o valor a ser recebido em dinheiro, descontado pelo período de espera, deveria ser o registro para a receita de uma transação. Entretanto, no mundo real de incerteza, embora respeitando o mesmo princípio geral, os descontos que esperamos que o cliente possa aproveitar e o montante de