Teoria da associação diferencial
Essa teoria denomina-se Associação Diferencial, porque os princípios do processo pelo qual se desenvolve o comportamento criminoso são os mesmos do processo através do qual se desenvolve o comportamento legal, sendo uma associação com pessoas que se empenham no comportamento criminoso sistemático, tudo num processo de aprendizagem onde a conduta criminal é algo que se aprende. Ela foi proposta, ou formulada, por Edwin Sutherland um dos sociólogos que mais influenciou a Criminologia Moderna. Ele nasceu em 1883 e morreu aos 67 anos em 1950. Teve seu primeiro contato com a Criminologia no início do século XX, com a Escola de Chicago, sendo por ela influenciado; Segundo Edwin Sutherland o crime possui uma função social, que é mostrar as fraquezas e as desorganizações da sociedade. Sutherland compara o crime com a dor, pois, ao passo que, a dor mostra os defeitos do corpo, o crime mostra as falhas da sociedade, ou seja, o crime é um sintoma da desorganização social. Se os comportamentos, tanto criminoso como legal, se desenvolvem com base nos mesmos princípios, logo, o que diferenciará se a pessoa será ou não um criminoso serão suas companhias e os espaços frequentados por ela, como diz o autor: “sendo uma associação com pessoas que se empenham no comportamento criminoso sistemático”. Algo semelhante com a frase: “diga-me com quem andas que te direi quem és”. A maior contribuição de Sutherland para a criminologia foi a conclusão de que existe um equívoco em se afirmar que as classes pobres é que cometem grande parcela de crimes, o que vai de encontro com as teorias da escola positiva, principalmente nos pontos que a escola ou seus teóricos falam do determinismo social. A teoria traz implicitamente que o crime não parte somente das classes sociais menos favorecidas - contrariando as ideias sustentadas pela Escola Positivista -
mas também emerge no seio das classes mais favorecidas. Como exemplo cita o