Tga parte 1 tacamos no campo das ciências sociais, a importância dada às estruturas simbólicas na leitura do mundo, e a abrangência em usar sua teoria em fronts de: educação, cultura, arte, literatura, etc. O campo de produção simbólico suscita a relação de força entre os agentes, que leva à relação de sentido. Nesta perspectiva a violência simbólica apresenta tema central nos estudos de Bourdieu. Tal violência não é fruto da instrumentalização pura e simples de uma classe sobre a outra, mas é exercida através dos jogos engendrados pelos atores sociais, numa abordagem denominada por ele como "construtivismo estruturalista", enfatizavando que a sociedade é uma produção humana, uma realidade objetiva. O homem é uma produção social. Bourdieu analisa o mundo social através de um processo de causalidade circular que articula níveis diferentes da realidade separados pela micro e macro sociologia. Duas noções bem formuladas pelo autor, quando se refere às instâncias que sustentam o mundo social: campos sociais e habitus. A relação entre estas instâncias faz com que as estruturas se tornem corpo, e igualmente, que o corpo se faça estrutura. Nessa perspectiva, e armado com outros conceitos, como legitimidade, estratégia, classe social, interesse, capital simbólico, Bourdieu avança em vários domínios da sociedade, campos sociais, e faz seu combate sociológico. Entre os campos sociais analisados destacamos dois, o campo da produção intelectual (homo academicus) e da produção jornalística. Bourdieu investe no sujeito da ciência como parte do objeto da ciência, afastando a ilusão de "intelectuais sem laços nem raízes". Sua análise infiltra-se na dinâmica acadêmica e busca caracterizá-la pelos interesses específicos (postos acadêmicos, contratos de edição, reconhecimentos e gratidões), na maioria das vezes imperceptíveis aos olhos daqueles que não fazem parte deste universo. Bourdieu observa neste campo, que os intelectuais são, enquanto detentores do capital