Teologia
Danilo Santos Dornas (PIBIC/CNPq - FUNREI)
Orientador: Prof. Dr. José Maurício de Carvalho
Resumo: Estudaremos, nesse trabalho, a idéia de Religião e Filosofia no pensamento de Baruch de Spinoza (1632-1677). Distinguiremos essas duas disciplinas para elucidar o pleno exercício da liberdade que a Modernidade instaurou.
Palavras-chave: Religião. Filosofia. Liberdade.
Abstract: In this work we'll study the idea of Religion and Philosophy in Baruch de Spinoza's thought (1632-1677). We'll distinguish these two subjects for to elucidate the full exercise of the liberty that the Modernity established.
Key words: Religion. Philosophy. Liberty.
1. Introdução
Q
uando o homem sente medo, ordinariamente não procura salvar-se por si mesmo, ele aspira ao auxílio divino ou à alguma solução mágica para suas aflições.
Baruch de Spinoza (1632-1677) entende que é superstição recorrer a tais expedientes para resolver os problemas da vida diária.
Spinoza se empenha em uma análise histórica das Sagradas Escrituras revelando as contradições existentes e demonstrando que a fonte que fundamenta a Teologia está repleta de erros históricos. Assim, as passagens e as leis contidas na Bíblia não são confiáveis e podem induzir ao erro se forem aceitas como instrumento de conhecimento. O propósito do filósofo é incentivar uma experiência moral com características racionais, o que não era comum no seu tempo, como observa José Maurício de Carvalho
no primeiro capítulo de Caminhos da moral moderna (1995).
O filósofo defende a liberdade de filosofar com o objetivo de estabelecer regras que ajudem no convívio social. A capacidade de reflexão de cada indivíduo deve ser incentivada para que haja uma harmonia entre o homem e a sociedade. Nesse trabalho, elucidaremos como Spinoza diferenciou os objetivos da Religião e da
Filosofia para justificar a liberdade de pensar. 2. As superstições