Teologia
A morte é vista de diferentes modos pelas mais variadas sociedades e religiões. Nem todos a encaram como algo doloroso ou como o final da existência de um ser.
Na tradição judaica, a santidade do ser humano não termina com a morte, por isso as leis e costumes relacionados à morte e ao luto são destinados a exaltar a dignidade do espírito humano. Um judeu não aceita a cremação do corpo e nem mesmo a autopsia, pois defende o preceito bíblico que ordena que o corpo volte a terra conforme veio ao mundo.
Uma característica que marca o cerimonial fúnebre é a simplicidade, como a prática de se enterrar todos os judeus no mesmo tipo de traje, geralmente uma mortalha branca, demonstrando que ricos e pobres são iguais perante Deus. Já os caixões são preferencialmente de madeira sem polimento para lembrar que se deve evitar funerais com ostentação, já que a tradição judaica prefere a moderação e a simplicidade no tratamento dado aos mortos.
Da mesma forma que os judeus e os cristãos, os muçulmanos acreditam que a vida é apenas uma preparação para o próximo reino. Assim, o enterro é um ritual religioso de grande importância para purificar o corpo do morto e para seus parentes se lembrarem da existência do falecido na Terra.
Quando um muçulmano morre, ele é lavado usualmente por um membro da família, enrolado num tecido limpo branco, e enterrado com uma simples prece, preferivelmente no mesmo dia. Os muçulmanos consideram isso um dos atos finais que podem fazer por seus parentes, e uma oportunidade para se lembrarem da sua breve existência aqui na terra.
Os budistas vêm a morte como o encerramento de um capítulo e a abertura de outro ocorre imediatamente após. Por isso um budista não encara a morte como uma fatalidade e sim como uma possibilidade de crescimento espiritual.
A maneira como os budistas tratam os mortos é bastante similar a de outras culturas, com duas grandes distinções. Primeiro, os budistas defendem a