Teologia Do Macroecumenismo
Célio Roberto Rios
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA
(TEOLOGIA MACRO-ECUMÊNICA)
Fortaleza
2011
TEOLOGIA MACRO-ECUMÊNICA Estamos diante de um profundo problema que toca muitas das vezes na essência das grandes religiões e mais recentemente nas diversas denominações religiosas. Como é possível haver um verdadeiro diálogo sem querer impor a concepção religiosa que cada um de nós tem; e que muitas das vezes parece-nos impossível colocar em discussão algo que para nós é óbvio e verdadeiro, a nossa crença religiosa? Será realmente necessário um esforço para compreender a quem, na maioria das vezes, não nos compreende? Qual a importância do diálogo entre pessoas que não professam a mesma fé? Percebemos, então que o plano de fundo do macro-ecumenismo é o próprio conceito de verdade difundido nos diversos segmentos religiosos. Não é tão fácil tratar desse problema, como poderíamos pensar, porque, aqui estão em jogo várias concepções a respeito de Deus, religião, e a verdade. Mesmo assim procuraremos responder alguns pontos essências da teologia macro-ecumênica; ou diálogo inter-religioso.
Contexto (QUANDO SURGIU E O QUE PROVOCOU) Para entender melhor o contexto do assunto aqui tratado, levamos em conta que a noção de diálogo usada para a teologia macro-ecumênica já se encontrava nas correntes personalistas, principalmente nestas últimas décadas com a filosofia personalista desenvolvida por Mounier e Buber. Porém, depois da segunda guerra mundial é que essa noção será tratada no âmbito das relações inter-religiosas de forma mais acentuada e sempre crescente.
As relações religiosas têm uma grande história, no entanto, o maior impulso para a abertura se intensifica como vimos acima, depois da segunda guerra mundial e principalmente por parte da Igreja Católica com o Concílio Vaticano II que conduz a uma nova forma de ver e pensar o diferente, dentro do âmbito religioso. O concílio foi tão importante, que supõe um antes e um depois a