tenentismo
Os "18 do Forte" de Copacabana, 1922
A sucessão presidencial em 1922 provocara uma cisão interna no Exército. Parte da alta oficialidade apoiava Nilo Peçanha em oposição ao candidato oficial, Artur Bernardes. Mesmo encerradas as eleições, que, é claro, deram vitória a este último, a agitação continuava. Hermes da Fonseca, então presidente do Clube Militar e anteriormente envolvido no episódio das Cartas Falsas, incitou as guarnições de Pernambuco a não obedecerem a Epitácio Pessoa.
Repreendido pelo ministro da Guerra, o civil Pandiá Calógeras, Hermes confirmou a incitação e não aceitou a repreensão. Foi, então, preso e o Clube Militar fechado por seis meses, o que agravou a tensão. Em 5 de julho de 1922, dezoito elementos jovens do Forte de Copacabana rebelaram-se contra o governo. Da luta que se seguiu, restaram apenas dois sobreviventes: Eduardo Gomes e Siqueira Campos.
A Revolução de 1924 - São Paulo
Desde o célebre episódio das Cartas Falsas, as quais lhe haviam sido atribuídas antes mesmo de sua eleição para a Presidência da República, Artur Bernardes despertara a animosidade de numerosos oficiais do Exército, sobretudo entre os mais jovens. Na qualidade de representante típico da República das Oligarquias o presidente era um alvo natural para os ataques dos tenentes. Quanto aos oficiais-generais, porém, a maioria o apoiava, pois eram militares perfeitamente identificados com o sistema, ao qual serviam e do qual recebiam benefícios.
A Revolução de 1924 foi um movimento de cunho essencialmente tenentista, embora seu chefe fosse o general Isidoro Dias Lopes (daí a denominação popular de Revolta do Isidoro). O levante irrompeu em São Paulo no dia 5 de julho de 1924, exatamente dois anos após a revolta dos 18 do Forte. O presidente do Estado, Carlos de Campos, resistiu aos revolucionários, apoiado em algumas unidades da Força Pública até a chegada de tropas federais.
Aumentando a pressão governista, os