Tendências contemporâneas da literatura portuguesa
Contexto histórico
A ação militar dos capitães que fez desabar 48 anos de regime fascista em Portugal, o salazarismo (1926-1974), é um dos pilares da compreensão da história contemporânea do país. O outro, que se deu em 1986, é a incorporação de Portugal à comunidade Econômica Europeia. Em 26 de abril de 1974, houve um levante de soldados, animado pelas forças políticas comunistas e socialistas, que ganhou o nome de Revolução dos Cravos, graças às mulheres que distribuíram flores para os combatentes. Embora tenha sido um golpe sem grande violência e sem lideranças carismáticas, ele alterou de forma radical as esculturas políticas e econômicas portuguesas, conseguindo forte adesão popular. Em 1976, com o primeiro governo constitucional, chefiado pelo socialista Mário Soares, reafirmaram-se em Portugal as garantias de autonomia da Assembleia Constituinte e um sistema pluralista e formalmente democrático.
Ocorre, assim, a consolidação de um velho projeto existente na nação, em permanente conflito com sua secular postura imperial e colonialista: a adesão portuguesa aos valores europeus - a liberdade e o respeito aos direitos individuais, que fundamentam as democracias ocidentais – que se impuseram em definitivo, distanciando o país para sempre da também velha, e já desgastada, vocação colonial.
Características (do modernismo à atualidade)
Influência do Neorrealismo nordestino no Neorrealismo português.
Influência da literatura brasileira nas literaturas africanas de expressão portuguesa.
O Orfismo ou Geração Orpheu, que constitui o primeiro movimento que podemos chamar de moderno em Portugal.
Revista Orpheu, caracterizando-se pela reunião de alguns jovens de ideias vanguardistas. Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro – eram profundamente inconformistas e colocavam a atividade artística acima de qualquer outro valor.
Almada Negreiro – Ponte entre Geração Orpheu e a Geração Presença - se preocupou