Em nosso dia-a-dia, e cada vez mais, nos defrontamos com notícias referentes aos riscos que determinadas tecnologias, na forma de produtos ou processos industriais, podem causar à nossa saúde e ao meio ambiente. Através destas notícias, descobrimos que os campos eletromagnéticos de baixa freqüência presentes em aparelhos domésticos ou computadores, que os medicamentos que utilizamos para tratar doenças, que os produtos utilizados nos alimentos que ingerimos, que os CFCs liberados pelo arcondicionado que ligamos ou pelos sprays, que as substâncias resultantes da combustão da gasolina e os produtos encontrados nas águas que bebemos e nos banhamos causam riscos à nossa saúde. Riscos que estão presentes nos ambientes em que vivemos ou trabalhamos, atingindo as águas, os solos e o ar; que podem atingir desde as camadas mais baixas da atmosfera e, por conseguinte, o ar que respiramos, até as mais altas, provocando buracos até mesmo na camada de ozônio e podendo aumentar a incidência de casos de câncer.Pouco a pouco descobrimos viver em um mundo perigoso, cheio de riscos. Um mundo que nos é cada vez mais revelado por especialistas que têm como atividade analisar os riscos que a maioria das tecnologias em nossa volta provocam para o homem, o meio ambiente e as gerações futuras. Porém, assim como um médico que examina um paciente apresentando uma doença ou apenas determinados sintomas, estes especialistas não apenas revelam e diagnosticam os riscos a partir de suas análises científicas, mas também prescrevem remédios e as formas de comportamentos individuais e/ou coletivos que deveremos adotar para evitar conseqüências piores do que as já existentes, denominando-se isto de "gerenciamento de riscos". A questão que se coloca é que tanto as análises de riscos, como as propostas de gerenciamento de riscos oriundas das mesmas não são resultantes de processos somente tecnológicos e científicos, mas também sociais, que em última instância acabarão por determinar um projeto de