Tempos Modernos
O filme faz várias críticas ao tratamento à classe trabalhadora e aos burgueses, donos dos meios de produção que "exploravam" a mão de obra, o patrão ficava em uma sala observando a produção e dava ordens ao capataz para ir aumentando a velocidade das máquinas, para aumentar a produção.
Ele critica o modo capitalista de produção, os operários trabalhavam com cargas horárias extensas, com obrigação de produzir sempre mais em condições subumanas, lugares sujos e máquinas de manuseio perigoso. A luta por melhores salários, melhores condições de trabalho e por uma carga horária menor, eram constantes desde a Revolução Industrial.
Em uma das cenas do filme, aparece uma engenhoca para os operários usarem em suas refeições, assim seria menor a perda de tempo. Os proprietários dessas empresas e fábricas queriam diminuir o tempo de almoço, para os operários voltarem mais rápido ao trabalho e aumentarem a produtividade, havia um grande stress ao qual os operários eram submetidos durante o período de trabalho.
O homem começa a ser substituído por máquinas, é necessária de mão de obra especializada, fazendo com que vários trabalhadores ficassem desempregados. O filme também mostra as desigualdades entre a vida dos pobres e das camadas mais abastadas, sem representar diferenças nas perspectivas de vida de cada grupo. Mostra ainda que a mesma sociedade capitalista que explora o proletariado alimenta todo conforto e diversão para burguesia, nas cenas como a que Chaplin e a menina órfã conversam no jardim de uma casa, sonhando com o dia em que teriam a mesma condição dos donos da casa, ou aquela em que Chaplin e sua namorada encontram-se numa loja de departamento e se esbaldam longe de sua realidade, ilustram bem essas questões.