Tempos modernos
EUA, 1936
Diretor: Charles Chaplin
Elenco: Charles Chaplin (trabalhador da fábrica), Paulette Goddard
(Gamin), Stanley Blystone (Pai de Gamim), Al Ernest Garcia (Presidente da fábrica), Henry Bergman (proprietário do café)
Por: Dayanne Karvalho
Assistir um filme de Charles Chaplin é sempre uma atividade bastante prazerosa, tendo em vista que resgatar a expressividade do cinema mudo e do inesquecível Carlitos nos conduz a uma visão de cinema bem diferente dos tempos de hoje: um cinema que não utiliza os recursos cinematográficos atuais, mas que é extremamente rico em performances teatrais.
O talento de Chaplin não se restringia à interpretação do personagem Carlitos, mas se estendia à escrita dos roteiros, à direção dos filmes, além da produção musical. Perfeccionista,
Chaplin filmava vários rolos de filme até escolher as cenas que melhor representassem suas idéias. Tempos modernos é um dos filmes mais conhecidos de Charles Chaplin, juntamente com O garoto e O grande ditador. Em “Tempos modernos, o homem de calças muito grandes, sapatos enormes, paletó apertado, chapéu pequeno e uma bengala, incorpora o dia-a-dia de um operário de uma grande indústria.
A primeira parte do filme retrata a opressão vivenciada pelos operários da fábrica que são explorados e estimulados a produzirem cada vez mais. As cenas filmadas na fábrica revelam o processo de produção sem mostrar o que é produzido. É inevitável não perceber o ponto de vista que Chaplin quer mostrar aos espectadores: o distanciamento entre o produto e os que os operários produzem.
Na época de exibição do filme, o contexto histórico se caracterizava pelos anos seguintes da crise de 1929 que assolou a sociedade norte-americana, levando uma boa parte da população ao desemprego e à fome. Tempos modernos é uma crítica aberta à sociedade industrial que se caracteriza por um tipo de produção que toma como base a linha de montagem fordista.
Embora os filmes de Chaplin se