Tempos modernos
1) Qual a crítica de Chaplin em relação à modernidade e ao processo de industrialização?
O filme faz uma crítica ao capitalismo e ao modelo industrial mostrando a condição do operário na grande indústria durante a depressão dos anos 30 nos Estados Unidos. Além disso, Chaplin faz uma crítica às transformações sociais e culturais resultantes da revolução industrial.
A cena em que Carlitos (personagem de Chaplin) é sugado para dentro das engrenagens da fábrica não apenas mostra os riscos que os operários corriam durante sua jornada de trabalho. Faz também uma advertência, de que o homem estava se tornando parte do sistema capitalista, sendo sugado para dentro dele, de uma forma desumana e robótica, como se fosse apenas mais uma de suas engrenagens.
Nesse mesmo contexto, Chaplin faz críticas ao controle do tempo e o ritmo de trabalho dos operários dentro das fábricas. O homem se tornava escravo do relógio. Para maximizar a produção, os operários tinham tempo exato para o trabalho e para as pausas, que eram reduzidas cada vez mais. Numa das cenas do filme, o dono da fábrica tenta eliminar as pausas por completo, trazendo uma máquina revolucionária que permitia que os operários comessem enquanto trabalhavam. Em somatória ao tempo excessivo de trabalho havia o problema dos processos repetitivos da fabricação. Cada operário desempenhava uma única função e sempre do mesmo modo, o aliena o processo de trabalho.
2) Pela visão de Chaplin, podemos afirmar que a idéia de progresso advinda do séc. XIX garantiu desenvolvimento social? Justifique.
Não. Houve sim um intenso processo de desigualdade social. O personagem de Chaplin, após sair da clínica de reabilitação, encontra uma situação de total desemprego e fome, decorrente da grande depressão que se seguiu após a quebra da bolsa em 1929. Mesmo assim, algumas famílias desfrutam do ideal burguês, com o homem provedor, que trabalha fora para