Atividade dissertativa 2 lp.doc

ATIVIDADE DISSERTATIVA 2 – LÍNGUA PORTUGUESA
Célia Regina Ferraz
RA 125050

Como e porque o ensino de Língua Portuguesa no Brasil passa de beletrista a procedimental? Ao longo da criação e evolução da Língua Portuguesa por muito tempo o que prevaleceu foi o beletrismo – bem falar e bem escrever – porém baseado na reprodução do que se considerava ou ainda se considera a boa literatura. A partir dessa boa literatura imposta passou-se a estudar ou ver isto como um ponto referencial para observar a nossa língua. A despeito da língua falada, aquela que servia de modelo, padrão culto, era a escrita por grandes literatos e nas escolas esse parâmetro deveria ser obedecido ou ainda reproduzido, mesmo que não fizesse sentido algum para quem lesse ou estudasse tais textos. Com a promulgação da LDB 5691/71, o ensino de Língua Portuguesa tornou-se tecnicista, mecânico, pois buscava atender a grande demanda das classes sociais que emergiam do “Milagre Brasileiro”, sem que isto garantisse uma qualidade eficiente do ensino. Continuou a vigorar um ensino da língua norteado pela reprodução, no que se refere a proposta da escrita de textos e quanto à leitura, baseada principalmente da decodificação, fato advindo das formas de alfabetização, sem assegurar a compreensão em outros níveis de leitura, além da leitura superficial. Já a gramática continuava trabalhando a língua como algo estanque fora de seu funcionamento vivo e dinâmico. Nos anos 80, começaram a fervilhar novas ideias e a procura de novas formas para encarar o ensino de Língua Portuguesa com dinamismo e superar velhos moldes beletristas, pois os índices educacionais muito baixos e excludentes mostravam que o andamento da disciplina estava deixando a desejar em termos de qualidade. Vários gêneros textuais adentraram as salas de aulas como pequenos ensaios, textos jornalísticos, propagandas, histórias em quadrinhos, etc. como forma de mostrar ao aluno outras maneiras de expressão da