Tempo de perdoar
O pecado e a vingança
A Bíblia nos diz que “todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Rm 3.12). Todos nós somos devedores diante de Deus. Deus poderia ter deixado de lado o pecado do homem e “tocar a bola para frente”, como muitos querem fazer. Entretanto, “a alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18.4). E “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). Em outras palavras, qualquer pecado traz como pagamento: a morte. Era necessário que essa dívida do nosso pecado fosse paga; e teria de ser com a morte de um justo. Alguém da humanidade que tivesse crédito para pagar tão alto preço por nós; e este foi Jesus, aleluia!
Quando Caim matou seu irmão Abel, ele tornou-se fugitivo na terra e pediu que Deus o protegesse contra qualquer que o encontrasse e quisesse feri-lo (Gn 4.1-15). E veio o princípio da vingança. Quem o ferisse seria vingado sete vezes (“qualquer que ferir Caim será castigado sete vezes mais” Gn 4.15).
Mais tarde, na descendência de Caim, encontramos Lameque, esposo de Ada e Zilá. Ele era um homem violento e afirmou: “Caim será vingado sete vezes, porém Lameque, setenta vezes sete.” (Gn 4.24).
Em outras palavras, a vingança não tem fim. Ninguém irá contar quarenta e nove vezes até terminar uma vingança. E sabemos que violência gera mais violência. Vingança traz consigo mais vingança… Muitos chamam a vingança de “justiça com as próprias mãos”.
Temos um exemplo, na história brasileira, do Lampião e seu grupo de cangaceiros. Ele viu o massacre de seus pais por assassinos cruéis e jurou vingança quando crescesse. A cada dia que passava ele acalentava o desejo de vingar a morte dos pais. E matou muita gente. E teve de viver fugitivo e errante. Foi traído, e morreu