Tempo de Matar
Em tempo de matar foi apresentada uma narrativa de suspense policial completamente intensa. Fatos marcantes com descrições tão detalhadas. Esta mesma narrativa é tensa, angustiante e desperta no leitor sentimentos que são – ao mesmo tempo – diversos e singulares.
Digo isso porquê é exatamente assim que nos sentimos. Logo de cara, o autor nos apresenta a cena de estupro de uma menina de 10 anos (Tonya), cometidos por dois homens brancos, bêbados (Willard e Cobb). A narrativa choca revolta e faz com que tenhamos sede na mais pura vingança.
O desespero de Carl Hailey – pai de Tonya – é tanto que ele resolve fazer justiça com as próprias mãos, depois que descobre a identidade dos estupradores. Carl sabe que, dificilmente, os criminosos receberão a punição merecida. Afinal eles eram brancos e queridos pelos moradores locais.
Então no dia do julgamento, ele segue para o local armado e, em sua cabeça, um único pensamento: matar os homens que destruirão a inocência de sua filha. E ele consegue. A história toma outro rumo.
Agora, o crime em questão não é mais dois homens brancos que estupraram uma menina negra mas, sim, de um negro que assassinou dois homens brancos a sangue frio, dentro de um tribunal de justiça.
A opinião pública fica dividida. Vem á tona o mais profundo e antigo ódio entre brancos e negros. Uma cidade está prestes a entrar em estado de sítios.
Então, Jack Brigance surge como advogado de defesa de CAL. E ele, sua equipe e família enfrentam perseguições de todos os lados, ao tornarem – se alvos da Ku-Klux-Klan. Mas Jack Brigance não desisti, e vai em busca de provas e argumentações, o fator determinante e o gerenciamento de razão (Direto Subjetivo) e a argumentação final.
A parte da defesa tenta provar que o acusado estava fora de sua consciência no momento do assassinato, utilizando – se métodos indutivos, ele tenta provar que seu cliente estava transtornado por diversos fatores, porém a procuradoria esmaga essa teoria,