templo de Abu simbel

A reflexão teórica e a prática projetual

Foi visitado um editor de arquitetura, que distribuía livros e revistas de muitos países, fora proposto a publicação de um livro de teoria da arquitetura e preservação. Ele falou que não editava livros de arquitetura porque os arquitetos não leem. Perguntara então o que havia acontecido, teoria e práxis andaram juntas. Pensou em descobrir quando houve esse rompimento. Alberti é um paradigma desta ação e pensamento onde a teoria, a investigação histórica e a práxis estão em relação estreita. Há algum tempo humanista e executor utiliza a teoria para descobrir os princípios do fazer arquitetônico. A história é estudada e interpretada, não como memória, mas como lição capaz de promover bases para um pensamento e uma projeção moderna. Assim estuda e analisa Vitrubio. Esse texto foi uma grande novidade, já que até então os documentos relacionados com a arquitetura se referiam a aspectos técnicos. Sua análise, sua interpretação e seus comentários constituíram a base da teoria por vários séculos. O estudo da história da arquitetura Greco-romana foi a base para que os arquitetos do renascimento criassem soluções inéditas. Não se tratou de um olhar ao passado. O passado estava ali desde sempre. Os teóricos e os arquitetos renascentistas viviam na atmosfera intelectual do classicismo, conheciam o pensamento neo-platônico e fundamentavam suas ideias arquitetônicas nas da filosofia de seu tempo. No século XVI, tratados modernos ocuparam o lugar de Vitrubio e foram a base de tudo o que se publicou nos séculos seguintes.Durante o século XVIII as investigações arqueológicas sobre a arquitetura antiga do Mediterrâneo, descobriu-se que as proporções e formas haviam variado consideravelmente não apenas no tempo. Com Ruskin identificou-se os valores éticos com os estéticos, o papel do teórico é prover bases para a projeção e transportar para o terreno teórico aquilo que a prática estava consagrando, sendo assim