TEMPERANÇA
Inicia-se entre ADIMANTO e SOCRATES, uma discussão sobre um estado bem administrado pesando na felicidade do estado inteiro e não só em pessoas em particular, predominaria a justiça. Enquanto em um mal administrado teria somente a injustiça. Para Sócrates, em um estado perfeito não haveria apenas uma classe feliz, e sim ele por completo. Sendo assim teria que haver equilibro entre a pobreza e a riqueza, teriam os guardiões como função impedir que esses dois males penetrassem sorrateiramente no Estado. Qualquer classe do Estado sendo rica, passaria a ser cada vez mais acomodada, preguiçosa, negligente, incapaz e irresponsável na função que exerce, além de ser atraída pelas novidades que o dinheiro proporcionaria. A pobreza também geraria o mesmo gosto e curiosidade pelas novidades, além da escassez de materiais e obras-primas, tornando cada vez piores os produtos, as armas e consequentemente os artesões e os guerreiros. Quanto a guerra, Sócrates acreditava que o guerreiro de um Estado bem governado, focado apenas em exercer sua função, poderia enfrentar dois ou três guerreiros de um Estado mal governado, onde seriam atentados pelas novidades e acomodados com as vantagens que a riqueza proporciona, pois guerreiros ricos são mais preparados para luta do que para guerra. Sendo assim, o guerreiro melhor treinado e focado em apenas exercer sua função poderia recuar diante do primeiro adversário e voltar para dar combate e derrotá-lo, um por vez, renovando repetidas vezes o feito debaixo de um calor sufocante podendo vencer três ou mais adversários. Sócrates dizia que não deveria ser considerado um único e bem governado Estado aquele que se subdividisse em classes pobres, ricas, mais ou menos favorecidos, e sim aquele que se mantivesse como um único estado onde do começo ao fim de sua existência territorial todos vivessem da mesma forma, com os mesmos ideais, objetivos e todos se dedicassem a suas funções visando a