Tempera de transição vitrea
A temperatura de transição vítrea, denotada Tg, é definida como a temperatura que separa o comportamento sólido do comportamento líquido em um sólido amorfo como o vidro.
Nos materiais cristalinos, ao resfriar, há uma diminuição descontínua no volume quando se atinge a temperatura de fusão Tg. Já no caso dos vidros, o volume diminui continuamente em função de uma redução na temperatura. Quando atinge a temperatura de transição vítrea, Tg, ou temperatura fictícia, ocorre uma pequena diminuição na inclinação da curva.
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Importâncias e suas aplicações
O arranjo de átomos em cristais é a forma de organização da matéria de mínima energia, sendo assim o estado mais estável e para qual todo processo de transformação tende. No entanto, a cristalização, apesar de reduzir a energia total do sistema, muitas vezes não é atingida em tempos reais. Processos de cristalização são muitas vezes restringidos por fenômenos governados pela cinética. Em polímeros, tal situação é muito freqüente, o que se contrapõe ao resto dos materiais que apresentam a cristalização como fenômeno mais comum. Restrições à cristalização em polímeros são resultado da dificuldade das macromoléculas de se adaptarem a sítios regularmente distribuídos no espaço. Macromoléculas apresentam normalmente pequena mobilidade em comparação à átomos e pequenas moléculas, o que dificulta a sua acomodação rápida à posições energeticamente mais favoráveis.
Como conseqüência dessas condições cinéticas não favoráveis à cristalização, esses materiais acabam por se consolidar em sólidos não-cristalinos, ou amorfos (ou vítreos), onde apenas as distâncias entre os primeiros vizinhos dos átomos ou moléculas são fixas, enquanto à longas distâncias não há repetitividade da estrutura espacial.
A experiência típica usada na descrição do processo de vitrificação de materiais mostra a variação do volume em função da temperatura durante