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As bicicletas estão na rua e vieram para ficar. Não se trata de um modismo. As bikes são uma alternativa de deslocamento comum em diversas metrópoles mundo afora. E sem polêmicas.
Bicicletas são um meio de transporte como qualquer outro, com benefícios incontestáveis para a saúde, o meio ambiente e, a despeito da incredulidade de muitos, para o trânsito. E é aí que nasce um dos mais recentes desafios para os gestores de tráfego da capital paulista. Recentemente, a cidade ganhou fiscalização mais rígida para os descuidos cometidos pelos motoristas na complexa relação com os ciclistas. A reação foi imediata: uma cidade como São Paulo não comporta a bike como solução de transporte em suas principais vias. Será?
É fato que a chegada de um elemento relativamente novo ao trânsito já caótico da cidade mexe com os ânimos. A tendência de qualquer motorista é achar que um veículo mais lento que o carro só vai atrapalhar. Mas esse pode ser um pensamento muito simplório. Trânsito não é uma questão de velocidade, mas sim de fluxo. Essa é uma das razões para a existência de campanhas públicas para estimular a troca do carro pelo transporte público.
Convivência
Encontrar ciclistas no trânsito é cada vez mais comum e “negociar” espaço com estes veículos pode ser um desafio para os motoristas. O poder público vem criando espaços próprios para as bikes na tentativa de minimizar o contato com os automóveis, especialmente nas vias em que o risco é maior. Um exemplo é a Marginal Pinheiros, que já ganhou ciclovia em seu canteiro central.
Esta solução, no entanto, é inviável para a maioria das principais ruas e avenidas da capital. A melhor – e necessária – atitude é seguir com rigor as regras de convivência no trânsito.
Willian Cruz, ciclista e ativista, começou a usar a bicicleta como meio de transporte em 2000. Ele sabe que a vida sob duas rodas não motorizadas não é fácil e é capaz de fazer uma lista com os perigos que enfrenta diariamente. Mas o que