Tema: homens, engenharias e rumos sociais.
A engenharia aplicada, para o melhor desenvolvimento de uma sociedade, possui três vertentes de atuação. Para a evolução máxima de qualquer população os três ramos da engenharia devem caminhar juntos. Essas três ramificações da engenharia são: a física, a humana e a social. A física, a mais evidente, se manifesta em todos as coisas técnicas, em construções, a serviço essencial imediato dos homens: casas, pontes, instrumentos de trabalho, veículos, equipamentos em geral. Das relações técnicas ao mesmo tempo em que antropométricas (dos homens), com tais coisas, cuida a engenharia humana. E, das interrelações de ordem socialmente entre homens uns com outros e de métodos com instituições de várias espécies dentro de uma sociedade humana, cuida a engenharia social. Todas consideradas nas suas sistemáticas e nos seus objetivos definidos: definições recentes.
A sinergia das três engenharias já vem sendo aplicadas desde a formação brasileira, quer pré-nacional quer nacional, passíveis de serem interpretadas sob as perspectivas das três engenharias, de uma ou, de duas delas. Sob esse critério de interpretação resultará claramente o fato de que ao homem brasileiro não vem faltando, através de sua formação, contatos ou relações com o que se possa considerar, retrospectivamente, ter sido engenharia. A própria divisão, no século XVI, do Brasil em capitanias foi engenharia física. Que obra de engenharia humana foi a adaptação de formas européias de corpo humano a redes ameríndias de dormir, admitidas dimensões antropológicas diferentes de um tipo de homem para outro. E também no setor culinário, a substituição – tão importante – desde o século XVI, do trigo pela mandioca e adoção, na culinária e na farmacopéia, de frutos, erva e sucos indígenas, usados pelos nativos – o caju, por exemplo - além da adoção por europeus em processo de abrasileiramento – um processo, todo ele, de engenharia humana – essencialmente adaptativo.
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