Não tenho trabalho
13 a 15 de setembro de 2010 - Belém (PA)
Grupo de Trabalho: Sociologia das Interpretações da Amazônia
Desafios da Amazônia na visão atual de Gilberto Freyre
Autor Edgard Costa Oliveira
Universidade de Brasília – UnB, Campus Gama
Co-autor Josiane de Socorro Aguiar de Souza
Universidade de Brasília – UnB, Campus Gama
Resumo
Este artigo apresenta a visão do sociólogo Gilberto Freyre acerca dos desafios impostos de ocupação humana na Amazônia e como as engenharias podem colaborar para o desenvolvimento nessa região. O autor apresenta no livro Homens, engenharias e rumos sociais, obra publicada no ano de sua morte (1987), dois capítulos referentes a como o país pode lidar com as questões de desenvolvimento nas selvas brasileiras, em especial a
Amazônia. Para tanto, Gilberto Freyre apresenta o conceito de: engenharia física manifestada em todas as coisas técnicas ou construções, a serviço essencial e imediato dos homens; a engenharia humana - cuida das relações antropométricas do homem com os produtos da engenharia física; e a engenharia social - responde pelas inter-relações de ordem social entre os homens uns com os outros e com as instituições. Fala da questão de como a rodovia Transamazônica poderá ser habitada ou domesticada por meio de engenheiros humanos e sociais associados aos engenheiros físicos, por meio de soluções tecnologicamente pós-modernas de vida. Faz ver que a Transamazônica não pode ser um simples empreendimento de engenharia física sobre um espaço considerado apenas na sua ecologia biofísica. O autor traz de maneira polêmica questões como a importância de agregar a
Amazônia ao complexo nacional, revelado por meio da ocupação ordenada dos espaços rurais e urbanos com base em uma política social estruturada em parceria com a política econômica de subsistência formada por três tipos de lideranças: o científico-técnico, o humanistacientífico e o