Tecnólogo em Mineração
Por José Mendo Mizael de Souza
No tempo do Brasil Colônia, a reação da população ao Quinto cobrado pela Coroa portuguesa como imposto sobre a produção de ouro fundido (1557), extraído do subsolo das Minas
Gerais pelos chamados mineiros, gravou nos brasileiros o sentido de nação e o ideal de liberdade. Por seu turno, foi também a mineração, no ciclo do diamante, que proporcionou talvez a mais notável emergência de uma mulher negra e escrava da História do Brasil, Chica da Silva, o que certamente inspirou muitos brasileiras e brasileiros, em especial, aqueles de populações marginalizadas. Na Segunda Guerra Mundial, pelos chamados Acordos de Washington, o Brasil constituiu seus gigantes da mineração e da siderurgia, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e a Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN). Posteriormente, foi criada outra gigante da mineração do País, a
Petrobras.
Nos Anos JK ocorreu a aceleração da urbanização e da industrialização brasileiras, o que trouxe à cena os minerais não-ferrosos e os não-metálicos, hoje expressivos contingentes da
Produção Mineral Brasileira (PMB). Mais recentemente, o chamado “apagão” colocou, para todos os brasileiros, a percepção da importância da energia para o bem-estar da sociedade, valorizando os bens minerais denominados energéticos, como o petróleo, gás natural e o carvão mineral. O sucesso extraordinário do nosso agronegócio está, agora, fazendo despontar o calcário, como corretivo de solo, e os fertilizantes, todos bens minerais. Por sua vez, os nossos déficits de moradia e de infra-estrutura estão colocando em destaque os agregados para a construção civil – areia e brita. E nosso esforço exportador tem propiciado ao País perceber o quanto suas rochas ornamentais são importantes, bem como sua água mineral. O quadro, na página anterior, mostra a percepção dos brasileiros quanto a seus minerais, conforme pesquisa de opinião promovida pelo Ministério de Minas