Tecnologias Tridimensionais
O Programa de Tecnologias 3D na Medicina (ProMED) completou, neste mês de outubro, 3000 casos de apoio a cirurgias complexas de reconstrução crânio-maxilo-facial. Somente nos anos de 2012 e 2013, foram apoiados 180 hospitais diferentes em todos os estados brasileiros, com uma distribuição que reflete a densidade populacional do país. Alguns hospitais de países latino-americanos – Uruguai, Paraguai, Chile, Equador e México - também vêm recebendo apoio do CTI. Em média, nos últimos três anos, têm sido atendidos de 400 a 500 casos por ano em 120 hospitais. O programa ProMED foi concebido em 1997 com a chegada ao CTI da primeira impressora 3D, uma das primeiras do Brasil, e iniciado no ano 2000. Com essa impressora, foram gerados os primeiros biomodelos - réplicas exatas de partes do corpo humano. Os biomodelos permitem a mensuração de estruturas, a simulação de procedimentos cirúrgicos e técnicas de ressecção, além da produção de moldes para construção de próteses personalizadas de alto desempenho anatômico. Os casos médicos que demandam cirurgias complexas (de alto risco) incluem acidentes que levam a graves perdas ósseas, principalmente na cabeça, graves anomalias congênitas e câncer. “As tecnologias 3D constituem um recurso inovador e permitem que as cirurgias sejam mais rápidas e menos custosas, propiciando melhor qualidade de vida ao paciente e diminuição de custos para o sistema público de saúde e previdência”, afirma Jorge Vicente Lopes da Silva, pesquisador-chefe do Laboratório de Tecnologias Tridimensionais do CTI Renato Archer. Segundo o ortopedista José Carlos Barbi, parceiro de pesquisa do CTI de longo prazo na área ortopédica, “o biomodelo possibilita um completo planejamento dos mais diversos procedimentos cirúrgicos, o que tende a reduzir o tempo transoperatório, bem como os riscos de infecções, gerando melhores resultados