Tecnologia
O capitalismo se desenvolve com o decorrer dos anos e se modifica para melhor adaptar-se às sociedades humanas. Na evolução capitalista, cresce juntamente a ele a tecnologia, valendo a expressão: “A necessidade é a mãe da invenção”. Porém, com o consumismo exacerbado dos nossos dias, não seria verdadeira a recíproca: “A invenção é a mãe da necessidade”?
O capitalismo sempre esteve, desde sua criação, ligado à tecnologia. Partindo da expansão marítima européia, passando pela revolução industrial, as formas de obtenção de lucros foram se intensificando e tornando-se, a cada passo do avanço tecnológico, mais eficientes e exploradoras.
Toda essa tecnologia beneficia uma parcela da população em detrimento da outra. O conforto das facilidades presentes nos novos produtos, a rapidez para adquirir informações do mundo e o grande universo de conhecimento e entretenimento disponível aos privilegiados são os principais fatores que sustentam as bases desse sistema econômico-político, já que alimentam o consumismo.
O excesso de consumo, por sua vez, fornece ao capitalismo justamente o que ele deseja: lucro, pois as pessoas vão se acomodando e usufruindo todas as “belezas” oferecidas pelo sistema e estimuladas pela publicidade, umas das maiores ferramentas do capitalismo. Esses produtos tornam-se ícones do consumo, chegando a ponto de ser a nova moda, que padroniza as pessoas em determinados aspectos.
Portanto, não se pode dizer com precisão se a necessidade cria a invenção, ou vice-versa, pois se analisarmos as estratégias capitalistas para acúmulo de capital, a reação das pessoas diante de produtos que prometem inovar o mercado e muitas outras características que ocorrem simultaneamente entre si, concluiremos que todas são válidas e, como se não bastasse, mais um dos infinitos meios capitalistas de alcance dos seus