Tecnologia
Caso prático
Profissionais como engenheiros, economistas, contabilistas, advogados ou médicos que conhecem suas respectivas habilidades, quando são promovidos em suas empresas ao nível de supervisor, gerente ou diretor precisam se transformar em administradores, daí o caráter universal e eminente da administração: cada empresa necessita de uma equipe de administradores em vários níveis e nas várias áreas e funções para conduzirem as diversas especialidades dentro de um conjunto integrado e harmonioso de esforços em direção aos objetivos da empresa.
A história dos donos da nTime, dedicada ao desenvolvimento de software e jogos para celular, é típica dos empreendedores que constroem um negócio do zero e que vêem crescer numa velocidade muito maior do que a imaginada inicialmente; seus donos, todos engenheiros, dominam tudo do produto e têm idéias inovadoras, mas são maus gestores.
Nascida na PUC do Rio de Janeiro, a nTime em pouco tempo conquistou clientes importantes e hoje está entre as empresas que mais crescem no seu setor, com o crescimento de 116% de faturamento em relação ao último ano. Conforme a nTime prosperava, ficava claro que algo estava muito errado. Prazos não eram cumpridos e não havia controle de custos. Os clientes, como era de esperar, demonstravam insatisfação. “Certa vez recebemos um pedido de fora do Brasil e não conseguimos atendê-lo”; afirmava um dos sócios. Em uma outra ocasião a falha de processos gerou mensagens duplicadas para os celulares, e 5.000 usuários de uma grande operadora ficaram com os créditos zerados. Quase perderam o cliente. O problema central era a falta de uma visão compartilhada entre os sócios. Foi preciso uma debandada de bons profissionais, insatisfeitos com os rumos da empresa, para que os sócios entrassem em um consenso de que colocar ordem na casa era urgente. Havia mais problemas na gestão de pessoas – era comum funcionários em cargos semelhantes