tecnologia
Introdução
Ao longo dos últimos anos tenho me dedicado a investigar os desafios postos para a educação a partir da presença generalizada das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Mais uma vez observamos a presença de tecnologias no universo da educação, como já aconteceu com grande intensidade na década de 70 do século passado com as chamadas tecnologias educacionais, que deixaram profundas marcas na educação brasileira ao longo de algumas décadas. O final do século XX foi marcado por um forte desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação, pelo desenvolvimento das ciências da computação, com especial destaque para as pesquisas no campo da Inteligência Artificial e do vertiginoso incremento da rede internet, trazendo radicais modificações na forma como se vem produzindo os conhecimentos, conceitos, valores, saberes e de como as relações entre as pessoas e as máquinas se (re)significam, impulsionadas pela (oni)presença das tecnologias da informação e comunicação. Vivemos a chamada sociedade em rede (CASTELLS, 1999), estejamos ou não conectados a computadores e a internet.
A modernidade líqüida, como define o sociólogo Zygmunt Baumann (2003a, 2003b e 2001), está impregnada de valores que a diferenciam de forma contundente dos períodos anteriores. Nessa condição, longe e tarde, assim como perto e cedo, significam quase a mesma coisa. Modificam-se as relações tempo e espaço (HARVEY, 1992) e, com isso, melhor trafegamos da modernidade pesada à modernidade leve, como diz, mais uma vez, Baumann (2003a, 2003b e 2001). A narrativa desta sociedade em transformação perpassa uma rede semântica em que se reconhecem dois fatores imprescindíveis. O primeiro, é reconhecer o crescimento do ciberespaço e a influência da cultura do computador na vida familiar, social, econômica, política e educacional. É estar atento para as